sexta-feira, 24 de julho de 2009

Mar de Nuvens



É talvez o último dia da minha vida.
Saudei o Sol, levantando a mão direita,
Mas não o saudei, dizendo-lhe adeus,
Fiz sinal de gostar de o ver antes: mais nada.

Alberto Caeiro

(foto: Sérgio Alves)

sábado, 25 de outubro de 2008

Jonquil no Porto...afinal também fui!

Pois é…….afinal também fui ao concerto do Porto! Gostei tanto de os ver em Aveiro, que não resisti. E por incrível que pareça, ainda gostei mais deste. Bem, se calhar não é bem verdade. O que provavelmente aconteceu, foi que estive mais atento a pormenores, que em Aveiro não tive oportunidade por ser a primeira vez que os via.
Tive a companhia do colega que fez o convite inicial…aquele que não foi a Aveiro para ver o jogo do Benfica! Chegados ao Porto, deparamos com grandes mudanças na paisagem urbana, devido à introdução do metro. Até ficou engraçado….da outro ar à cidade. Bem, mas com a ajuda do GPS, lá chegamos à zona ribeirinha. Ainda é cedo, mas não custa ver as imediações do local onde se realizará o concerto. A porta ainda está fechada, pelo que, decidimos ir dar uma volta pela ribeira.

Ainda não há muita gente, as esplanadas estão um pouco despidas de gente, aqui e ali turistas ou simples namorados vão tirando umas fotografias (a paisagem convida). Já não vinha a esta zona, desde o dia 13 de Novembro de 2003 quando vi, tal como hoje, no “O meu Mercedes é maior que o teu”, o concerto dos suecos Logh. Já foi há algum tempo como vêem, mas a beleza mantém-se. É das zonas de Portugal de que mais gosto.
Bem, mas depois estarmos a fazer tempo numa esplanada ali perto, vemos passar os elementos da banda.
Estava na hora de nos irmos aproximando do “Mercedes”. Fomos mesmo os primeiros a chegar, pois além da banda e dos funcionários do bar, não havia mais ninguém lá dentro. Sempre deu para pedir autógrafos e trocar dois dedos de conversa. Ah, fiquei a saber que o elemento que tem nome português (Hugo Manuel) é o vocalista. Depois de Aveiro pensei que fosse o baterista…afinal estava enganado. Já valeu a pena vir ao Porto, pensei eu.
Bem, a pouco e pouco as pessoas vão chegando e a plateia fica mais composta. Era muito se não fosse muita gente….mas julgo que havia mais gente em Aveiro. É o que faz haver fartura de concertos em cidade como o Porto e Lisboa.
Bem, o conteúdo do concerto foi igual ao de Aveiro….como sei? É fácil. Eu pedi a set list no final do concerto ao Hugo Manuel (é tu cá tu lá), e fiquei surpreso quando ele disse que tinha de a ir passar (se soubesse isso não a tinha pedido, não queria dar esse trabalho). Assim, o que se conclui com isto? O alinhamento do concerto é sempre o mesmo, pelo que, ele tinha de ter uma cópia da set list.
Foi muito simpático ele, e quando soube que aquela era a segunda vez que os via em dois dias….”convidou-me” logo para ir hoje a Lisboa……Oh Hugo, estamos em crise pá! Em dois dias fiz 556 quilómetros para vos ver! Acho que é obra.
Bem, resta-me dizer que espero que esta banda tenha um bom futuro e que os possa voltar a ver!
See you later………

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Jonquil no Mercado Negro - Aveiro

Jonquil, ou Junquilho em português, é o nome de uma planta herbácea, bolbosa, pertencente à família das Amarilidáceas, produtora de flores amarelas muito aromáticas, com subespécies espontâneas, e muito cultivada em Portugal. Estão em Portugal sim, mas este “Jonquil” de que vos falo não é uma planta….é uma banda inglesa (que curiosamente tem como ponto central um elemento português) que surgiu recentemente no contexto underground musical.

Não conheço á muito tempo (cerca de 2 semanas), e confesso que não foi “amor à primeira vista”, contudo, visto que eles iam actuar em Aveiro (pertinho de casa – 1h:30 de caminho – sim é perto comparado com Lisboa ou Porto) e o facto de o preço do bilhete ser bastante acessível, levou-me a aceitar o convite da pessoa que mos apresentou. Curioso, essa pessoa não foi ao concerto……por jogava o Benfica….lol. Bem, mas parece que vai hoje ao Porto vê-los.

Espero sinceramente que vá, pois ontem assisti a um excelente concerto. Contudo, antes de abordar o concerto, tenho de falar no espaço e no contexto envolvente.

A viagem (muito bem planeada como sempre) é feita ao som de Elbow, e na companhia da namorada. Chegados a Aveiro, somos inundados por estudantes de capa preta (não chegam aos calcanhares dos estudantes de Coimbra – à meia-noite já estavam a ir para casa, fraquinhos) a caminho de mais uma noite de folia. Facilmente encontramos o espaço onde se realizará o concerto….o Mercado Negro. E que bela surpresa este local. Fica no segundo andar de uma casa antiga, junto do canal central de Aveiro, a Veneza portuguesa. Assim que chego ao corredor principal, fico logo entusiasmado. Uma exposição de tábuas de skate personalizadas, marcam o sentido cultural alternativo deste local. Percorrendo o corredor deparamos com lojas que seguem o mesmo contexto. No fundo, o bar e uma sala de estar, onde a luz, a mobília e uma exposição de fotografia dão brilho e este sítio acolhedor. Ao lado, uma loja de livros em segunda mão. E no outro extremo do corredor, uma outra sala virada para o rio, que contudo não visitei, talvez para ter uma desculpa para lá voltar. De certo o farei, pois o Mercado Negro revelou-se um espaço bastante agradável.

O concerto está marcado para as 22:30, contudo só se iniciou às 23:15. Parece que o atraso se deveu a um maravilhoso bife que deliciou os membros da banda fazendo prolongar o jantar, e a uma extensão que não queria funcionar. Mas terminado o jantar e substituída a referida extensão…..deu-se início ao espectáculo.

A sala, no caso, um pequeno auditório divido entre cadeiras e almofadas, foi enchendo aos poucos, e em pouco tempo ficou esgotado. Seriamos entre 70 a 80 pessoas, e quando a banda entrou não acreditei que eles conseguissem caber no exíguo espaço que restava, mas eles lá conseguiram.

Confesso que pouco ou nada sabia da banda, pelo que, tudo era novo como o mundo nos olhos de uma criança. Assim, fiquei a saber que do grupo Jonquil, fazem parte 6 elementos, sendo, como referi, um deles de origem portuguesa.

Como não conheço a banda à muito tempo, e como desta vez não havia set list para pedir à banda, não posso indicar o alinhamento do concerto, mas posso dizer que tocaram musicas do álbum Lions e do Ep Whistle Low. Durante o concerto foram utilizados os mais diversos instrumentos, desde as convencionais guitarras, bateria, e baixo (no caso substituído pelo contrabaixo), passando pelo violino, órgão, sintetizador, trompete, e outros de que não sei o nome.

Ao longo do concerto, revelam uma boa presença em palco e simpatia pelo público, o que fez aumentar o meu gosto pela banda. As músicas soam cada vez melhor, e demonstram-me que tenho de ouvir melhor os álbuns que tenho em casa.

No final da primeira parte do concerto, tocam a música Lions, do álbum homónimo. Esta é a minha música favorita deles, pelo que, não podia haver melhor maneira para terminar o concerto. Contudo, como acontece em (quase) todos os concertos, houve ainda tempo para um encore de uma música.

Terminado o concerto, a saída do auditório foi lenta, pois lá fora os espectadores compravam cd’s da banda e entre autógrafos conversavam com os “artistas”. Dado o bom concerto com que me presentearam, decidi comprar também um cd. Um não, três. Comprei os dois volumes de Free as new sleep, umas espécies de lados b ou maquetes se assim preferirem, que contudo têm bastante qualidade; e ainda o EP Whistle Low. Agora era altura dos autógrafos. Todos autografaram o Ep (não quis ser muito chato e pedir para autografarem tudo) e trocaram algumas palavras connosco com bastante simpatia.

Bem, era altura de regressar a casa. Deixamos Aveiro com a agradável imagem, tanto da banda como do espaço, e com duas certezas. A primeira, é que vamos voltar ao Mercado Negro mais vezes, e depois, que esta banda ainda vai dar que falar…..assim espero.

Bem, foi o primeiro post deste novo blog. Espero que tenha melhor sorte que o anterior, “metamorfosedopensamento” que morreu à nascença. See you around……